Gostaria
de levá-los ao momento em que nascem aqui. O vosso nascimento pode ser
comparado a uma espécie de queda na escuridão. Este termo não tem qualquer
associação com pecado e culpa, mas sim com um estado de não-saber. Optam
conscientemente por dar um mergulho nas profundezas e quando se encontram
submergidos no mundo da matéria ficam no estado de não-saber. Este é o momento
em que chegam ao útero da mãe. Estão com um pé aqui e o outro ainda no céu. Ou
seja, por um lado ainda permanece convosco uma energia muito brilhante, a
energia do Lar. Ainda se lembram como era do Outro lado, lembram-se do amor que
sentiam naturalmente à vossa volta e da ligação com tudo o que existe, com tudo
o que vive. Quando descem à Terra como embrião ainda possuem, de uma maneira
bastante acentuada, as energias do Lar. Por outro lado, são submersos naquilo
que chamo de “paradigma dos
pais”.
Quando
aqui chegam, trazendo a lembrança do Lar e uma leve sensação de saudade de
casa, entram em contato com a realidade, em primeiro lugar, através dos vossos
pais. Depois, quando iniciam a vida como criança passam pelo trauma do nascimento.
Este é um trauma principalmente psicológico pois, além de terem que se
despedir da energia do Lar também têm que se ajustar à energia da Terra e
encontrar o caminho nessa energia. E, passam por todo este processo
vida após vida.
No
momento em que nascem, os vossos pais estão perfeitamente integrados na energia
da Terra, já se adaptaram a esta dimensão e às leis aqui impostas.
Absorveram intensamente essas leis que são, geralmente limitadoras na área de
normas sociais e ideias e, não são, de modo algum, auto-evidentes para a
criança.
Assim,
para a criança, os pais representam a consciência baseada no paradigma das três
ilusões, e é através deles que vai entrar em contato com esse paradigma. A
maneira como este paradigma foi assimilado pelos pais irá influenciar
intensamente a criança para o resto da vida.
Os
pais não impõem conscientemente os seus medos e ilusões aos seus filhos. Quando
os adultos têm os seus próprios filhos, já absorveram, involuntariamente,
muitas energias deste velho paradigma.
A
criança entra nisto novinha em folha e percebe que a realidade não está de
acordo nem em harmonia com aquilo que estava acostumada. Nesta fase inicial da
sua vida, principalmente nos primeiros 3 meses, a sua consciência é muito
passiva. O seu ser, a sua mente, os seus sentimentos estão muito abertos, e a
sua capacidade de absorção é incrível. Ela assimila toda a realidade energética
do seu ambiente, geralmente a dos pais, no âmago mais profundo das suas células
e vivencia-a como real. Por outro lado, ainda existe “um pedaço de céu” dentro
dela, um centro de existência pura e incondicional que não é afetado pelas
ilusões.
De
uma certa forma, estas realidades energéticas colidem. Mas, a criança vai
esconder isso de si mesma, uma vez que este conflito é muito doloroso de ser
experienciado no estado vulnerável em que se encontra, quando recém-nascida.
Então, para esconder esta colisão de si mesma, este conflito interno, a criança
passa a agir de acordo com o seu ambiente. A criança ainda é o mestre da sua
realidade, sente-se unida e una, ainda tem amor, mas quer que isso seja
confirmado pelo seu ambiente. Procura nesse ambiente a confirmação das energias
de amor, unidade e mestria que ainda estão presentes dentro dela no seu estado
natural. Contudo, a maior parte das vezes, recebe mensagens confusas como
resposta.
É
evidente que os pais querem dar à criança amor, mas ainda existe muito
medo dentro deles. Ainda existe muita energia bloqueada, que não consegue
fluir, que eles não se permitem deixar fluir. Por outro lado, os pais também
sentem um anseio, uma sensação de saudades da sua própria mestria, do seu amor,
da sua ligação natural com Tudo Que É. Mas, perderam este estado há muito
tempo. Ficaram tão acostumados à vida na Terra e às suas ilusões, que começaram
vê-las como reais. Então, involuntariamente, os pais criam os filhos com
energias que os confundem
Mais
uma vez, até um certo ponto, os pais não podem ser culpados por isso, pois no
nível consciente, geralmente, tentam dar o melhor aos filhos.
Contudo,
quando uma criança nasce, muitas vezes os pais têm uma abertura para mais luz e
amor. Nesse momento, um centro de amor divino e incondicional, dentro dos pais,
é tocado. Sentem a sacralidade do nascimento e do pequeno ser que se entregou,
com toda confiança, a eles e à vida. Estão totalmente abertos, e em contato com
o seu ser divino, sagrado. Mas isto geralmente é temporário, pois pouco tempo
depois os pais voltam para as suas antigas formas de pensar, de sentir e de
querer. Tudo é novamente envolvido pela realidade energética que existia antes
do nascimento. E assim, a abertura para a realidade do coração, que se havia
apresentado, fecha-se novamente.
E o que é que acontece
quando a criança começa a crescer?
Continua…
http://www.luzdegaia.org/joshua/pamela.htm
Mensagem de Jeshua (Jesus) canalizada por Pamela Kribbe.
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